terça-feira, 21 de julho de 2009

Lançamento da Plataforma dos Centros Urbanos

Manhã de terça-feira. Seria mais um dia com atrações cotidianas no Centro Cultural São Paulo (CCSP) se não fosse por um evento em especial. Dia 07/07/2009, foi o lançamento da Plataforma dos Centros Urbanos. Um evento que contou com a participação de 400 pessoas, tomando conta da arena de apresentações do CCSP e mais um grande salão.





Tanto espaço ficou pequeno para comportar tanto ânimo, alegria, energia e empolgação de todos os envolvidos na audaciosa Plataforma dos Centros Urbanos. Assim como essa ação urbana promove a união e fortalecimento de toda adversidade de uma grande cidade como São Paulo, o público do evento também foi bastante diversificado. Já ensaiando a busca pelo fim da desigualdade e exclusão social, a plena participação cidadã além do protagonismo infanto-juvenil, objetivos tão presentes no trabalho rotineiro de cada comunidade envolvida na Plataforma, o público presente nesse evento de lançamento já demonstrava sua força a ser investida na cidade.










Assim, o prefeito Gilberto Kassab, tirava fotos com Wladmir, que até tirou do armário o seu terno para representar elegantemente a sua comunidade da zona Sul. Ana Moser deixou de lado suas cortadas aéreas para sérias conversas com Marcos Cintra, secretário do trabalho. Este por sua vez, comentava os novos personagens da Mônica Teen com seu criador, o desenhista Maurício de Souza, que também é desenhista do UNICEF. Um UNICEF muito bem representado, e claro, entrosado, pois Marie-Pierre Poirier não só discursou como também foi entrevistada pelos adolescentes educomunicadores, que também entrevistaram Nils Kastberg, o diretor regional do UNICEF no Brasil, e todos tiraram muitas, mas muitas fotos.










Teve a presença ainda de Nelson Hervey, Secretário adjunto da Secretaria do Governo Municipal que discutia estratégias com Ana Pennido, coordenadora de escritório do UNICEF de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que logo se transformava num grande bate papo com representantes das comunidades.

Após o cerimonial formal e assinatura de um painel simbólico firmando o compromisso de todos com a Infância e Adolescência, todos que estavam presentes receberam um pano colorido que unidos de nó em nó, ligando pessoa a pessoa, formou-se uma grande rede social.











Terminada a celebração formal e simbólica da Plataforma dos Centros Urbanos, todos se reuniram em um grande salão lateral onde acontecia uma feira de talentos e comidas típicas das comunidades participantes da Plataforma.












Novamente, as barreiras foram quebradas com apresentações das mais diversas formas de expressões culturais, tais como dança afro, break dance, pagode, rock, bumba meu boi e artistas, políticos, representantes institucionais, pessoas da comunidade fizeram uma belíssima e comemorativa festança.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Terceiro Encontro - Início do Mapeamento Participativo

Mais um encontro entre os Grupos Articuladores de cada pólo e dessa vez, iniciou-se a etapa do processo de mapeamento participativo. Nesse terceiro encontro, a grande novidade foi ter como instrumento principal de trabalho os mapas de cada território por GA.
Primeiramente, o grupo se direcionou para o mapa de sua macro região, apropriando-se da extensão territorial, observando as regiões fronteiriças, o relevo, as principais vias, enfim, acostumando olhar perante a região que transita e vive, além de aguçar os sentidos para o levantamento de dados da região abordado na segunda etapa.



Uma vez que o grupo se apropriou das informações contidas e inseridas na região de São Paulo da qual pertence, cada GA desenhou numa folha a parte, o território que foi definido por seu próprio grupo, quando fizeram a inscrição na Plataforma dos Centros Urbanos.
Retornando ao mapa, só que agora numa formação por GA, as pessoas identificaram e localizaram no mapa de seu território específico todos os espaços, serviços, ruas, enfim, tudo que envolve a vida das crianças e dos adolescentes naquele território.
Aos poucos, nessa oficina do Mapa Falante, os grupos começam a se aproximar do objetivo do mapeamento e assim, identificam na sua região específica todos os potenciais que ajudarão no processo de atingir as metas da Plataforma dos Centros Urbanos.



























Esse diagnóstico é uma etapa bastante importante, pois será através dele, junto com a Consulta aplicada com adultos, crianças e adolescentes, que se produzirá todo o conteúdo a ser discutido e deliberado no Fórum Comunitário. Próximo movimento será elaborar um Plano de Ação de cada comunidade integrante da Plataforma dos Centros Urbanos.


Rapidinha:

DATA: 25/06/2009
LOCAL: UNICASTELO
PRESENÇA: 8 PESSOAS

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Segundo encontro com os GAs do Pólo Leste 1


Dia 10/06/2009,na FATEC, Itaquera, ocorreu o segundo encontro dos Grupos Articuladores da Plataforma dos Centros Urbanos e os facilitadores do CIEDS. O objetivo do trabalho nesse dia foi resgatar as expectativas do primeiro encontro e compará-las com as mudanças e metas propostas pelo UNICEF na Plataforma dos Centros Urbanos. São Elas:



O que queremos mudar na vida da criança? O que temos que alcançar na comunidade?

Mudança 1:

  • Crianças de até 6 anos com direito assegurado a sobreviver, a ter uma certidão de nascimento, a receber cuidados e proteção e a desenvolver-se integralmente

Metas:

  • Melhorar a qualidade do atendimento a gestantes em Unidades Básicas de Saúde

  • Melhorar a qualidade do atendimento do Programa de Agentes Comunitários de Saúde / Programa de Saúde da Família
  • Aumentar o número de bebês alimentados exclusivamente com leite materno até 6 meses*
  • Reduzir o número de casos de violência doméstica e acidentes domésticos entre crianças e adolescentes*
  • Melhorar a qualidade da infra-estrutura urbana para crianças e adolescentes (saneamento, asfalto, calçadas, praças)
    e das condições ambientais (lixo, verde, poluição sonora, qualidade do ar)
  • Reduzir o número de doenças respiratórias em crianças e adolescentes
  • Reduzir o número de casos de dengue entre crianças e adolescentes*

Mudança 2:

Crianças e adolescentes com acesso universal à educação de qualidade, que assegure a permanência e a aprendizagem na escola e a conclusão da educação básica na idade certa

Metas:

  • Melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem nas creches e escolas
  • Melhorar a qualidade da infra-estrutura nas creches e escolas
  • Melhorar a qualidade do atendimento a crianças e adolescentes com deficiência nas creches e escolas
  • Ampliar a abrangência e qualidade dos programas complementares à escola*
  • Ampliar o grau de participação de alunos e familiares em grêmios e conselhos escolares*

Mudança 3:

Crianças e adolescentes protegidos da transmissão do HIV e, quando soropositivos, recebendo tratamento adequado e usufruindo o direito à participação e à convivência familiar e comunitária.
Metas:

  • Melhorar a qualidade do atendimento a adolescentes que vivem com HIV em Unidades Básicas de Saúde (UBS)
  • Ampliar a participação dos adolescentes da comunidade em programas de educação sexual e prevenção ao HIV/AIDS*

Mudança 4:

  • Crianças e adolescentes protegidos das mais diversas formas de omissão, negligência, maus-tratos, discriminação, exploração e violência letal

Metas:

  • Melhorar a abrangência e qualidade de programas para adolescentes em medidas socioeducativas.
  • Ampliar a quantidade e qualidade do funcionamento dos Conselhos Tutelares
  • Ampliar a quantidade e qualidade do funcionamento das delegacias especializadas
  • Reduzir o número de casos de violência nas escolas*
  • Reduzir o número de adolescentes envolvidos em atividades violentas e/ou ilícitas
  • Reduzir o número de casos de exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes*
  • Reduzir o número de casos de trabalho infantil*

Mudança 5:

  • Adolescentes com desenvolvimento integral assegurado, exercendo seus direitos de cidadania e reconhecidos por seu grande potencial de transformação

Metas:

  • Ampliar a abrangência e qualidade dos equipamentos e atividades culturais para crianças e adolescentes
  • Ampliar a abrangência e qualidade dos equipamentos e atividades esportivas para crianças e adolescentes
  • Ampliar a abrangência e qualidade dos programas de educação profissional e inserção de adolescentes no mundo do trabalho
  • Ampliar a abrangência e qualidade dos programas de saúde do adolescente
  • Ampliar o nível de participação de crianças e adolescentes nas ações e decisões da comunidade*
  • Ampliara a quantidade e qualidade dos equipamentos e atividades que permitam a crianças e adolescentes se expressarem, acessarem, produzirem e difundirem informações e conhecimentos por meio das tecnologias de informação e comunicação

Mudança 6:

Crianças e adolescentes de diferentes origens étnicas, raciais e culturais com direitos igualmente respeitados em todas as políticas públicas

Metas:

  • Ampliar a acessibilidade para crianças e adolescentes com deficiência na comunidade
  • Melhorar a qualidade do atendimento a crianças e adolescentes com deficiência nas Unidades Básicas de Saúde
  • Melhorar as condições de mobilidade de crianças e adolescentes dentro e fora da comunidade

Toda essa discussão foi feita de uma maneira bastante lúdica, divertida e educativa. A proposta dos facilitadores do CIEDS foi uma dinâmica na qual cada pessoa escolheu um animal para encenar e desse modo, a reunião se transformou em um grande encontro na floresta.
De acordo com as características de cada animal, o que variou de leões, corujas e abelhas, as atividades variavam de um grupo ao outro e com diferentes tarefas. Assim, tarjetas com respectivas informações voavam de um grupo ao outro junto com “as abelhas” e metas e mudanças eram discutidas e sistematizadas entre “corujas e leões.”
O dia foi bastante produtivo e assuntos importantes como o direito de crianças e adolescentes foram discutidos e apropriados pelos grupos. Pontos que serão importantes e acompanharão a todos no decorrer de todo trabalho.